Num mundo onde o riso amarelo se confunde com o grito de alerta, encontramos Elon Musk, que tenta se posicionar como um novo Me
Num mundo onde o riso amarelo se confunde com o grito de alerta, encontramos Elon Musk, que tenta se posicionar como um novo Merlin do mundo digital, lançando seus encantos contra as instituições da justiça brasileira. E lá vem ele, com seu exército de teclados e memes, disparando contra o ministro Alexandre de Moraes, aquele que, com coragem, desafiou as ondas de desinformação com o cancelamento de contas falsárias. Talvez, a história retrate esse momento como crucial na manutenção da democracia brasileira.
Como um episódio de série dramática americana, uma comissão do Congresso dos EUA, liderada pelo fiel escudeiro de Trump, o Dep. Jim Jordan, resolveu expor os pedidos, mas não as sentenças. Sim, queridos leitores, porque mostrar o mandado, mas não a decisão, é como nos deixar com a pipoca pronta, mas pausar o filme na melhor parte. E claro, todo esse show para inflamar ainda mais nossos já agitados vizinhos de direita.
Enquanto isso, no Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anuncia debates sobre a regulação das redes sociais. “Debates” que, aposto, serão tão produtivos quanto tentar explicar para um gato o motivo dele não poder caçar o peixe de estimação de seu dono. Afinal, a versão atual do projeto de lei das Fake News, relatada pelo Dep. Orlando Silva e amplamente debatido com a sociedade civil brasileira, já está tão esquecida quanto o suposto patriotismo daqueles que batem palmas para um estrangeiro que se orgulha em dizer que não irá cumprir a legislação brasileira.
Mas, vamos ao que interessa. Os dados são claros: 80% dos brasileiros já identificam aqueles artistas da desinformação online. E não falo de amadores, mas de verdadeiros especialistas na arte de pintar o falso com cores de verdade. Segundo o Instituto Locomotiva, 90% dos brasileiros já morderam a isca de alguma notícia falsa, com política sendo o prato principal desse banquete de mentiras.
E aqui, entre nós, a liberdade defendida por Musk parece mais com a liberdade de criar o próprio conto de fadas. Quem sabe ele acredite que, ao final, todos vivemos felizes para sempre no reino de Twitterlândia, governados por tweets e hashtags?
Não, meus amigos, enquanto os devotos de Musk podem achar que estão escrevendo a história, eles só estão borrando as páginas. A regulamentação das plataformas não é apenas necessária; é essencial para que a democracia não se torne uma história da carochinha, contada por bots e algoritmos mal-intencionados.
Portanto, enquanto Musk e seus seguidores fantasiam sobre uma internet sem regras, onde cada um pode ser rei ou rainha de seu próprio castelo de areia digital, lembrem-se: castelos de areia sempre desmoronam na maré alta. E, nesse caso, a maré está vindo com a força da verdade e da responsabilidade. Afinal, queridos leitores, a liberdade de expressão é crucial, mas a liberdade de mentir não pode virar regra, não é mesmo?